sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Oito horas da saudade

Bolo de frutas, molho de flores.

De acompanhamento, chá de suspense.

E eu, sentada na cadeira de vida quebrada

Olhando a paisagem de café desenhada

A foto de pão de forma, encapada

Fora na mesa de centro colocada.

A cena de amargura é meu café da manhã.

Então, entorno o leite de solidão,

Adormeço, esqueço...

Enfim desperto.

Não vi meu dia de agonia ir embora

Já são oito horas da saudade, agora

Não posso nem ao menos ver o sol lá fora.

Só ouço o barulho mudo do tom agudo

O amassar do folhetim


E os passos calmos de um alguém, pisando as acácias do meu jardim.

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