terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"Tem hora que a paciência estoura, se fragmenta em milhares de pedacinhos.
Mas eu não tenho vergonha na cara... Acabo sempre me ajoelhando e recolhendo um por um.

Que é pra colar depois do almoço."
"Tem dias que eu transpiro saudade e leio verdades minhas que havia esquecido. Depois de tanta salsa, samba e sapateado, eu olho pro lado e vejo os sete poemas jogados pelo quarto. Me coloquei em quarentena. Na verdade, é licença médica... Me afastei dia desses porque queria tirar férias do Amor. Tentativa vã; já disse aqui que o Amor permanece mesmo que os Amores vãos se vão, saindo sempre pela porta de entrada. Porta essa, que nunca fecho. Mesa posta e farta... Apesar da fartura, me sobra também a fadiga. E eu que o diga, ultimamente tenho acordado cedo, bem antes do sol, que é pra deixar a cama esticada caso alguém grite lá fora."