domingo, 24 de maio de 2009

Talvez eu esteja cansada.

Há dias não consigo vomitar o que por dentro se prende cada vez mais, formando um emaranhado de agonias sem sentido. Ou talvez com metade de um nexo inteiro, mas mesmo assim me descabelo. Parece que me perdi de mim mesma, vivo os dias um tanto quanto blasé,  ao invés de correr pelo vasto campo prodigamente, esgoelando a náusea. Talvez eu esteja morta. Talvez eu não esteja vivendo. Talvez seja apenas medo.




Talvez eu esteja cansada.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Destruiu doutrinas dos doze doutores de dados, demorou a depor e só depois da dor, dó, diamantes e dólares, destruiu o dogma da doença.
Deixou o desprezo e a disenteria dentre as diásporas, deleitou-se nos dias...


E deu à sua doce dona, o deslumbre da mais dourada dicotiledônea.

Sorriso tetânico

É verão. É o terceiro verão.
Já vem o Carnaval e as marchinhas
alegorias e adereços.
Bateria, folia
e no quarto dia, o sono.

A casa vazia esvazia
um adeus amigo
E cada qual com sua cruz.

Promessas, sacrifícios,
sacrilégios.

E ainda sim é verão.
Ainda é o terceiro verão.

Os dias quentes congelam
E mesmo que verão frio
faz-se inferno
e eu rio.

Falso sorriso
vento sombrio
respiro, suspiro
O plasma escorre pela risada regada
virtude mal lavada.

E os dias se tornam constantes,
sem antítese alguma.

Exceto pela escuridão dos meus dias
e o frio do meu terceiro verão.