quarta-feira, 30 de julho de 2008

Cor de melancia.

Todavia eu via, que vermelho era cor de melancia.
Mas eu não sei quem escrevia isso com tanta rebeldia.
É um vermelho falso, aguado, eu diria.

Vermelho vivo pra mim é cor de sangue, cor de luta, cor da ardente, chama
cor de lençol de cetim que cobre a cama.
Cor da garra da mucama.
Cor de quem se pinta com lama
e deixa o sol secar.

Mas quem seca é ar!
E o ar, tem cor de quê?
Ar tem cor que não se vê.
Ar tem cor que refresca, que limpa, purifica.
Ar tem cor de quem diz ir embora
mas não agora.

E o agora? Tem cor de quê pra você?

Tem cor de quem fica parado enquanto o frio congela o senhor ali calado, sentado. Abandonado.
Tem cor do dinheiro roubado, extraviado, levado pro levado que gosta de um dinheiro lavado.
Tem cor de quem só quer saber do odor do perfume francês que por sua vez tem cor de estupidez.






E a estupidez tem a cor de todos vocês.

(Eu só queria um dia, ver o mundo tomado pela cor de melancia.)

3 comentários:

Willian disse...

"Tem cor de quem só quer saber do odor do perfume francês, que por sua vez tem cor de estupidez."

=)

Seu texto tem a cor indo e vindo. Sempre colorindo.

Que cor é essa?
Pode ser salgada...doce...

mas mostrou mto do cê


Muito bom texto(poesia, música, ode, trova... como classifico?)


Bjos, talentinha!!!

Willian disse...

hehuehuahuhuahua pensei em outra coisa agora...

Melancia: Mela e não sacia... rsss


Você é "talentinha" sim, mas não é um elogio. É uma constatação!

Paula Lydon disse...

HA ! VOCE POR AQUE !!! :P

x x x