sábado, 25 de abril de 2009

A laica

Enfrentaria o mundo todo com sua espada, sem nenhum escudo que não o de bronze a reluzir pelos campos vastos, pelos pastos, sem sequer deixar rastro. Amanheceria na infantaria por entre os lençóis de todos os soldados e pela noite gritaria em alto tom, mas sem som, tal qual cinema mudo. Não por medo. Formosa que só, não se importa com nenhuma discrepância. Família nobre, porém fome, e não basta pão e circo. Ela se cerca sem ao menos precisar de arame ou jaula, fez fazer-se então deserto, dos mais quentes. Outrora o mar ela sugou com todo o seu balanço, o jeito particular com que titubeia.
Alta, magra e firme, sorri, exala todo o perfume.
Podre, esponjosa e amanteigada.


Engole todo o azedume.

3 comentários:

Luiz Ribeiro disse...

bom! :D

Paulo Henrique Motta disse...

Parabéns por sua poesia no "blog do bolha"!!!

seguiu aquela dica hein!!??

bjs do primo.

Paulo Henrique Motta disse...

a edição deste mês do #pb já saiu, mas manda um e-mail pra eles e procura saber se aquela poesia pode ficar para ser avaliada para a próxima edição, ou se precisa reenviar.

bjs do primo.