quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Imagem-nação.

Eu moro numa nação onde todos são o que são, hipócritas, medíocres, acomodados, porém frágeis como a brisa. E eu? Bem, busco meu diferencial não buscando. Carregando a humildade e a simplicidade na mochila, com o coração sendo meu guia... E não me arrependo de um dia ter tentado ser feliz porque não era. Eu fingia!
Mas não fingi a todo momento.

Até que dia desses eu bem sorria. Mas hoje eu tento sentir a dor pra amanhã transformar em alegria.

Dor é uma coisa boa. Você a sente, a toca, retoca, e de duas uma: ou permanece inerte, ou faz de seu terreno, fértil. Mais vivo do que nunca.

Nessa minha nação já passaram tantos amores. Quase me perdi para não perder um deles. Cheguei bem perto disso, e bem longe de mim.
Quando ainda me restava um fio que suportava, resolvi saltar em direção à perdição. Perdi um homem enorme, mas ganhei um grande amigo que vai permanecer comigo em todo amanhecer.
Depois dele vieram mais uns, até que apareceu o último romance. A parte ruim (ou não) é que nesse curto intervalo de tempo prometi dentro de mim, que não mais ia me largar a fim de agradar olhos cansados de observar as origens falhas, os alicerces caídos que podem ser vistos em toda esquina de qualquer vida.


Ontem li cartas que não eram para mim, montei o jogo de dominó e enquanto vinha uma peça após a outra, engolia azeitonas e sabia o que realmente ele sentia. Tudo tão sem sentido, e o sexto sentido gritava que as meninas e os meninos iam repetir o que ele orava.

A oração por causa da não ação e por causa da ação falha e falsa de toda essa nação. (A minha não!)

Que horas são? Acho que dormi demais antes dessa história. Cheguei atrasada pro seu vestibular? Não vou mais ser phD em Vida?

Tanta coisa eu digo, pergunto e escuto, estudo, o escudo.



É errado não ser feliz e buscar o contrário?

Aonde foi que ele escreveu esse décimo primeiro ensino-mandamento?

Depois de cometer todos os sete pecados capitais, agora segue em frente, atrás do oitavo.

"Um dia me botaram numa cruz e só porque JESUS sofreu não significa que eu tenha que sofrer." - andei chutando enormes pedras pesadas, com o pensamento fincando o meu firmamento, pelas calçadas nuas enquanto o ontem se banhava com a chuva seca.

...Se o tal sábio não se dispôs ao controle mínimo por mim, ele podia esperar o que?

Podia esperar.

E somente esperar...

Porque mudar por ele ela podia...





Mas sozinha no seu quarto, ela mal podia chorar.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Carta-Resposta

Querida Amargura,

Gostei muito de receber seus sentimentos.

Antes de engavetá-los, resolvi considerar todos os relatos e dar um parecer.

Ultimamente eu dou um sorriso todos os dias as 06:45 da manhã, e mais um as 07:30. Depois não mais.

Entre um mundo e outro, eu dou um pulo, pra não cair na valeta que separa, na insegurança que segura.

Por isso, ganhei botas novas, um dia desses...

Agora eu até que piso macio.

Eu vejo o dia claro por apenas um segundo, que é quando eu vejo o meu mundo. O meu mesmo, onde ninguém me dá de presente beijos doces e em seguida, palavras estúpidas...

Ganhei um brilho nos olhos, que não é meu, um brilho que vejo diariamente, e graças a Deus, entre uma comemoração e outra, eles me olham, me mostram o que de dentro ninguém tira. O que nasceu em meados de 1993.

Ganhei um pote de saudade, que ta ali no meu armário.

Se a saudade fosse boa pra mim, não viria enclausurada.

Voaria livre e pousaria na minha janela, que vive aberta, esperando voltar o que se foi junto com os versos livres.


É! Presente atrás de presente... E ainda nem é natal.

Frustração atrás de frustração... E ainda nem me dão toda a razão.


Vou enviar a dor nessa carta-resposta, cara Amargura.

Minha gaveta já está abarrotada demais.





Abarrotada de frases duras que eu tentei deixar pra trás.