Pequenos dedinhos se puseram em cima das minhas mãos e era ele. Era ele o presente mais lindo de Deus nos meus dias, uma miniatura de vida em cor, um pedaço pequeno de alguma coisa enorme.
Uma benção.
A presença mais ilustre do domingo, aqueles olhos brilhavam olhando pra um eu que eu andava pisando, massacrando, que eu odiava. Nossa, como eu me odiava. O lado de fora me deixava com vergonha, o de dentro então, um drama maior. Faltava, faltava amor, sobrava pudor.
Alegria tinha entrado em greve.
Mas era de manhã e as outras manhãs que vieram depois nunca mais foram iguais.
"Agora tenho força pra poder consertar você.
Eu vou consertar você, você não imagina o quanto vale esse sorriso.
Sempre vou estar aqui, fica calma."
Repetia constantemente em frente ao espelho.
E ao lado?