Eu nasci do vento, vim, vi, venho, tento.
Tento fazer nascer o que planto
Rego com pranto
A perda que ganho
O ganho que perco.
O chão que piso, esterco
A raiz que beijo, cega
Porque ninguém nega o serviço
quando vê a terra fértil.
Mas quando vê o que se nasce inerte
o povo covarde diz não saber...
diz ter feito sua parte sem nem pensar em dividir.
Então por que eu vi raiz morrer?
Morreu porque quem um dia plantou e colheu,
cansou, voou, não mais voltou.
4 comentários:
Você tem muito de mim quando escreve... Me sinto até mal em elogiar você quando digo... isso... Muito bom o que escreve...
Esse jogo de palavras, de sons, de significados, de antíteses e contradições... é marcante
Como não tenho tido tempo para escrever... me contento em visitar e com apreço e ar...
Acho lindo todas as suas combinações e distorções.
Nunca perca essa primavera que te faz escrever.... e continuo a te visitar
;)
"O chão que piso, esterco.."
haha Genial!! você escreve muito bem! *--*
Belo post.
:)
.. rs..
=*
(me venho por força de acaso... que tem tanto de vento, portanto vejo daqui teu ar)
pensaria talvez em chuva, talvez chuva como um fruto de ar... fruto de ar, arroz, debulhado em agua... seria portanto ou por demais arriscado aos que andam pela rua desavisados ou aos que se desavisam por vontade o ato de comer a chuva, visto o perigo de se tornar ecessivo aereo... a cidade é feita de concreto...
mas a algo de mistico em comer chuvas de arroz... que estejam perdidos todos os bichos...
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