domingo, 20 de março de 2011
Vinha cantarolando sozinha pela Pasteur depois das dez, marcava os passos, dava o compasso até virar a esquina de casa e tocar a campainha. Entrava e pisava firme pela escada; menos dia desses quando revirou a gaveta da cômoda abarrotada e encontrou o velho pedaço de papel enrolado em um tempo que se congelou esperando as pessoas começarem a se mover, mas parecia nao transparecer o real sentido. A manivela era a súplica emperrada, enquanto ela vinha cantarolando sozinha pela Pasteur depois das dez fingindo que a vida continuava a andar pra frente pra não se ver jogada lá atrás com a resposta da pergunta que não ousou pensar em fazer.
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