A lamparina fazia sombra no topo do lápis, ficava ruim pra enxergar. Mas a ponta bem afiada compensava.
Sentou na mesinha em frente a entrada. Os velhos chegavam tirando fotografias. Será que estava em um lugar histórico e não sabia? O gordo de verde encostado na porta do banheiro responde. A cara feliz e as pernas inquietas condenavam o nervosismo.
Sinceramente eu nunca fui de escrever contos. Relutei até resolver pegar o caderno pra rascunhar. Hoje eu estou pra conversa! Peguei o celular pra passear pela agenda sempre começando pelo Z. Estava dormindo. Pulei pro R que não atendeu, depois pro F que ainda não tinha chegado da faculdade e quase me rendi a letra G, já girando o apontador, nessa altura do campeonato a ponta ficara levemente arredondada.
Eu estava em verdade ansiosa. Ociosa. E odeio chorar por pouca coisa. Vai falar que eu não to na merda?
Canceriana, atriz, escritora, colesterol alto e tricolor. Um combo que nasceu junto comigo literalmente pra me matar do coração. Mas não dispenso nenhum desses traços que não o colesterol.
É genético.
Juro que evito fritura.
Um comentário:
Pena que não parou no M!
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