Bolo de frutas, molho de flores.
De acompanhamento, chá de suspense.
E eu, sentada na cadeira de vida quebrada
Olhando a paisagem de café desenhada
A foto de pão de forma, encapada
Fora na mesa de centro colocada.
A cena de amargura é meu café da manhã.
Então, entorno o leite de solidão,
Adormeço, esqueço...
Enfim desperto.
Não vi meu dia de agonia ir embora
Já são oito horas da saudade, agora
Não posso nem ao menos ver o sol lá fora.
Só ouço o barulho mudo do tom agudo
O amassar do folhetim
E os passos calmos de um alguém, pisando as acácias do meu jardim.
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