Era uma vez, era um lugar comum... uma unha.
Habitava um pé direito, ralado, sujo e mal cheiroso de um mendigo que sonhava em ter uma sorveteria.
A moradia era como um trailer, nunca em lugar fixo, estava sempre a viajar.
A unha, que estava em suas últimas, já tinha visto o que o próprio mendigo não via. Um mundo gigante e um pequenino.
O pequenino era ignorado pelo homem, já que os olhos dele eram tomados por desesperança.
O pobre só enxergava o óbvio. O grande. Os olhos já não mais iam além daquela esquina.
Então a unha conhecera uma formiga e uma abelha. A abelha estava doente, já a formiga sempre contente, mesmo carregando um fardo nas costas rua adentro.
A abelha só queria poder levar um pouco mais de pólen às outras, mas as asas fracas a impediam.
A formiga só queria guardar um pouco mais de mantimento, pra depois não precisar sair no frio e no vento.
E a unha encravada só pedia mais vida.
Pra poder contar a todos suas aventuras vividas.
As histórias sofridas.
As memórias mantidas...
3 comentários:
Não sei se gostei mais do texto, antes ou depois de ler seu perfil.
Na verdade, gostei antes...
mas adorei depois...é poesia, é melodia
Muito "gostosinho" de ser....
Voltei aqui...
Então!!!! Posso te add na lista dos meus links no blog????
ahhh ia comentar sua "profissão"
Eu amo a dor, mas nesse quesito meu amadorismo me supera
Apesar de encravida e fedida é envolvente...
Vou cont. a ler-te..
bjos!!
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